quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Golfinhos melhoram a vida de crianças com deficiencia em Cuba

( clique na imagem para ver o vídeo )


Esta notícia fala-nos de um caso real, o Javier, um menino de 10 anos com paralisia cerebral e de outras crianças com necessidades especiais que costumam frequentar o Aquário Nacional de Cuba onde têm sessões com golfinhos.

Durante as sessões, as crianças tocam nos golfinhos, alimentam-nos, trocam afetos e brincam com eles sob a orientação dos treinadores Yenia Expósito e Adrián Calderón. As reações dos golfinhos perante as atitudes das crianças fazem-nas rir.

Vera referiu que esta terapia melhorou a qualidade de vida de Javier, na medida em que quando chegou às sessões, o menino não andava e agora já o faz, tendo melhorado a coordenação motora, a praxia global e fina, o desenvolvimento da linguagem e das relações sociais.

"Trabalhamos a socialização, que as crianças se divirtam, que sejam felizes" e também "com exercícios psicomotores, que os ajudam a ganhar muito em força muscular” - Maria de Los Ángeles Serrano ( vice-diretora do  Aquário) 
Os especialistas utilizam o lúdico para desenvolver as capacidades das crianças, a intervenção começa com uma conversa e explicação sobre os golfinhos e depois passam para a prática. Expósito (s.d) salienta que o golfinho não cura, mas estimula a criança a realizar as atividades.

REFLEXÃO
A Delfinoterapia é uma forma de intervenção muito pouco utilizada em Portugal, no entanto esta notícia mostra-nos que também é benéfica para o desenvolvimento das competências das crianças, dando-nos o exemplo de um caso real, o Javier.

De acordo com o lecionado na aula de Modelos de Intervenção em Psicomotricidade (MIP), a frequência relativamente pequena do uso da Delfinoterapia, deve-se à indução do stress no golfinho causada por este tipo de atividade durante alguns períodos de tempo, de forma rotineira. Quando exercemos uma terapia em que o animal funciona como nosso co-terapeuta, devemos respeitar também os seus limites saudáveis a todos os níveis, e esta deve ser benéfica tanto para a criança, como para o animal, pelo que é essencial ter este ponto em atenção quando intervimos especialmente com os golfinhos.

Consideramos que um grande benefício desta terapia consiste também no contexto em que é desenvolvida, podendo ocorrer dentro ou fora de água. Referenciando também uma outra aula de intervenção em meio aquático lecionada na unidade curricular, podemos afirmar que a água é um meio facilitador do movimento e da relaxação e transmite a ideia de um local acolhedor, que transmite à criança uma ideia regressiva ao seu tempo de gestação dentro do útero da mãe. Deste modo, o meio aquático permite, através das propriedades da água, uma maior impulsão, resistência e proximidade do outro, o que privilegia o desenvolvimento da componente social, a experiencia de um novo conceito de espaço e comportamento corporal, e através do lúdico permite ainda à criança uma exploração psicomotora estruturante.

Concluímos assim que o contato entre as crianças e os golfinhos é uma mais valia e pode ser vantajoso, sendo uma forma de motivar a criança para a terapia, não só o animal, como o meio em que esta terapia pode ocorrer.

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