quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Equitação com Fins Terapêuticos

A presente notícia expõe-nos a explicação da Equitação com Fins Terapêuticos em Portugal de acordo com a Equipa Técnica do Centro de Equitação Terapêutica da Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa.

A Equitação com Fins Terapêuticos conjuga a Equitação Clássica e os fundamentos teóricos da Reabilitação, com contributos a nível neuromotor, cognitivo e psicossocial. É exercida por vários técnicos de saúde e educação, dividindo-se em três valências de intervenção, a Hipoterapia, a Equitação Terapêutica e a Equitação desportiva Adaptada.

Diferenciando as três valências, a Hipoterapia exige uma orientação clínica e só pode ser praticada por terapeutas, em que o objetivo é a reabilitação a nível neuromotor e não o ensino equestre.

A Equitação Terapêutica aplica-se quando o objetivo é desenvolver áreas psicomotoras, estando direcionado para necessidades específicas na área educacional, psicológica ou cognitiva, podendo ser contemplados com progressos no ensino equestre.

Por fim, na Equitação Desportiva Adaptada os objetivos não são terapêuticos, mas sim de natureza desportiva ou de lazer. O treinador de equitação e o cavaleiro trabalham em conjunto para desenvolver competências equestres, não tendo o terapeuta um papel ativo.

A Equitação com Fins Terapêuticos é cada vez mais parte integrante de processos terapêuticos. O facto de ocorrer num ambiente diferente promove o envolvimento ativo dos utentes no desenvolvimento dos objectivos terapêuticos, com uma notável melhoria das aquisições e uma maximização dos potenciais funcionais do indivíduo, promovendo uma melhoria no seu envolvimento ocupacional noutros contextos além do equestre.

As características equinas transformam estes animais em elementos facilitadores e co-terapeutas, sendo capazes de alterar respostas do sistema nervoso central e de fomentar vivências fundamentais para o desenvolvimento de competências cognitivas e psicossociais.

Os equinos para poderem ser co-terapeutas têm que apresentar um temperamento calmo, estável e paciente, têm que ser saudáveis, musculados e com andamentos regulares e impulsionados, de modo a proporcionarem uma intervenção adequada.

REFLEXÃO
Consideramos esta noticia relevante na medida em que nos apresenta as diferentes vertentes que pode ter a equitação para as pessoas com necessidades especiais, indo totalmente ao encontro do que lecionamos da disciplina e aprendemos acerca do tema.

Referindo a matéria lecionada na unidade curricular, neste tipo de intervenção, o psicomotricista contribui com os seus conhecimentos, com a sua expêriencia, com técnicas, materiais e recursos físicos e o cavalo é um co-terapeuta tendo o papel de mediador, contribuindo com as suas características próprias conjugadas com a intervenção do terapeuta. No entanto, a equipa técnica não se restringe apenas ao cavalo e ao terapeuta, contempla também um líder e um auxiliar durante a sessão.

Assim podemos observar que esta terapia requer uma equipa e um trabalho multidisciplinar de modo a proporcionar ao cliente uma intervenção segura e adequada às suas necessidades específicas, e que acarreta imensos benefícios ao nível socio-emocional, de aprendizagem corporal e psicomotor.

Como futuras psicomotricistas é importante termos conhecimento dos diferentes contextos de intervenção e dos seus benefícios para o individuo, de modo a que possamos melhorar a sua vida e competências da melhor maneira.
               

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