quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Terapia com Burros - Asinoterapia nas Escolas

(clique na imagem para ver a reportagem)


Esta reportagem fala-nos da Asinoterapia, que ocorre num agrupamento escolas na zona de Sintra com os Burros do Magoito. Este agrupamento escolar tinha várias crianças com necessidades educativas especiais pelo que, pediu apoio a Câmara de Sintra para esta terapia, que comparticipou a iniciativa na sua totalidade. 

A Asinoterapia utiliza o burro como instrumento terapêutico, através de um conjunto de técnicas de educação e reeducação do indivíduo de modo a desenvolver a expressividade das emoções, a cognição, as competências de relacionamento e a motricidade. Esta prática terapêutica inclui uma relação triangular entre o terapeuta (psicomotricista), o utente e o burro. Neste contexto o animal assume um papel de co-terapeuta, mediador e facilitador das aprendizagens tanto para crianças como adultos com necessidades especiais.

É escolhido o burro pelas suas características e qualidades como co-terapeuta, tem um temperamento dócil, afável, é um animal paciente, atento, curioso, e inteligente. Dotado de uma excelente memória, é fisicamente robusto, estável a nível físico e emocional. Os seus movimentos são lentos e seguros, e não se assusta com muita facilidade.

É apresentada uma das crianças que faz Asinoterapia, que apresenta um diagnóstico de autismo, e a mãe refere que surgem resultados e pequenas vitórias diárias, enquanto outros resultados são mais morosos e é necessário deixar os psicomotricistas fazerem o seu trabalho. Esta criança, com autismo, é segundo a mãe, uma criança mais feliz, começou a verbalizar e a relacionar-se com o outro, melhorando muito as suas relações sociais e afetivas depois de iniciar este tipo de terapia.

A reportagem realça a relação estabelecida entre a criança e o animal, e com a criança e os terapeutas e o desenvolvimento das competências conseguidas pela terapia como a coordenação, o equilíbrio, a atenção, a concentração bem como as aprendizagens emocionais, sociais e relacionais.


REFLEXÃO
Esta reportagem despertou-nos bastante interesse pela criatividade e modo de aplicação da terapia, através de um projeto móvel. Um outro aspeto que queremos salientar é o apoio e financiamento que a Câmara de Sintra disponibilizou, proporcionando esta igualdade de oportunidades a todas as crianças com necessidades educativas especiais daquele agrupamento, especialmente àquelas, que devido às suas situações económicas menos favorecidas, não podem ter acesso à esta ou outras terapias. 

Consideramos mais uma vez, que este é um exemplo do reconhecimento do nosso trabalho, não só ao nível dos pais das crianças, como se pode observar o testemunho da mãe de uma criança durante a reportagem, como pela autarquia, começando assim a ganhar uma outra dinâmica e dimensão. 

Queremos enfatizar o facto de ser necessário esperar que os profissionais façam o seu trabalho, aspeto referido pela mãe do menino, e é bastante relevante quando nos referimos à intervenção, tanto com animais como sem eles, os profissionais precisam de tempo para avaliar a criança e o seu comportamentos nos diversos contextos de vida, e a criança precisa igualmente de tempo para aprender, se adequar a situações novas e desenvolver capacidades através das estratégias utilizadas pelos psicomotricistas.

Tal como pudemos perceber, é uma terapia com bastantes benefícios e pode ser realizada em grupo ou individualmente, o que para nós terapeutas também é vantajoso, podendo adequar a mesma às necessidades da criança e altera-la em dimensão quando assim houver necessidade.

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