domingo, 13 de novembro de 2016

A importância da visita de animais de estimação na recuperação de crianças hospitalizadas


RESUMO DO ARTIGO

Este artigo fala nos de um estudo que tem como objetivo: Compreender o significado da experiência vivenciada por crianças hospitalizadas em relação à visita de animais no hospital. Foi realizado num hospital pediátrico de São Paulo e nele participaram 13 crianças, com idades entre os 3 e os 6 anos.
Segundo os autores deste estudo a terapia com animais é especialmente benéfica para crianças, uma vez que é representado durante a infância, para a criança, como um companheiro imaginário, um agente pelo qual a criança aprende a ser responsável, adquire um sentido de identidade, desenvolve independência e aumenta o sentido de cuidado pelo outro. Assim, para as crianças os animais são como uma fonte de amor incondicional e lealdade, principalmente diante de castigos. São ainda referidas outras vantagens nas relações entre as crianças e os animais:

  •       Ajuda a criança a desenvolver a capacidade de se relacionar com outras pessoas e de lidar com aspectos não-verbais, aprendendo a observar e interpretar a linguagem dos gestos, posturas e movimentos;
  •       Favorece a aprendizagem de fatos fundamentais da vida (como o nascimento, o crescimento, e a morte);
  •       Ajuda a desenvolver atitudes humanitárias em relação ao animal como ser vivo;
  •       Desperta a consciência ecológica.
Assim, sendo numa primeira etapa do estudo, realizava-se uma atividade individual de desenho livre com a criança. Durante a visita dos animais, a terapeuta observava a criança, as suas reações, comportamentos, atitudes e interaçoes com os animais. No final da visita pedia-se as crianças para fazerem um desenho sobre a mesma.
Pode-se concluir que as crianças obtinham prazer no contato com os animais, sorrindo e até gargalhando, queriam pegar neles, voltar a vê-los e ficavam tristes quando iam embora, mesmo aqueles que inicialmente mostravam menos interesse. Segundo os autores estas crianças ficaram mais participativas, desinibidas e relaxadas durante a visita dos animais.
Uma das crianças passou a chorar menos durante os procedimentos invasivos e duas apresentaram redução das queixas de dor durante e após as visitas dos animais. Apresentaram maior facilidade de contato com os outros, e um dos mais tímidos começou a conversar com os pares sobre a experiencia com os animais. Este facto permitiu aos técnicos recorrerem a situações já experienciadas com os animais para efectuar terapias tornando as sessões muito mais divertidas.
A visita dos animais proporciona experiencias muito positivas às crianças, permitindo-lhes esquecer traumas e guardas boas memórias da hospitalização, fazendo as crianças abstrai-se, mesmo que temporariamente, da dor, do sofrimento e das sensações de solidão e isolamento. Melhora a comunicação entre as crianças e entre estas e os adultos, assim como a expressão de sentimentos e reduzindo ainda a ansiedade. O artigo referir também melhorias na concentração, na atenção e no aumento da sensação de segurança.

REFLEXÃO

Na nossa opinião, este artigo é bastante interessante, na medida em que nos apresenta, como resultados de um estudo, os benefícios que esta terapia pode ter para com as crianças, não só no contexto hospitalar, como no sentido de formação pessoal, proporcionando-lhes assim desenvolver um conjunto de competências.
Este é ainda um método que proporciona aos pacientes uma experiência diferente e mais agradável do que as terapias tradicionais em ambientes hospitalares a que estão habituados, cujas aprendizagens adquiridas nesse contato podem ser transferidas para o dia-a-dia das crianças, permitindo-lhes assim, ter um melhor desempenho, tanto noutras terapias como na sua vida pessoal.

Concluímos assim que o contato entre as crianças e os animais é uma mais valia, especialmente em contexto hospitalar, devido aos pequenos efeitos terapêuticos, mesmo que temporários, que têm sobre as crianças.

Bibliografia: Vaccari, A. M. H., & Almeida, F. D. A. (2007). A importância da visita de animais de estimação na recuperação de crianças hospitalizadas. Einstein5(2), 111-116.

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